terça-feira, 17 de julho de 2012

Homenagens


Ao Rio Paraibuna
(e a todos os Rios)

Eu nunca vi o Reno nem o Solimões: Vi o Paraibuna. Sinto... É rio! So(r)rio: Tem barca, barquinho, barcão... Criança, pescador, canção... Eu nunca vi o Ganges nem o Yang-tseu-kian: Vi o Paraibuna! Sinto... É rio! Não rio... Na TV, quem vê – ouviu:Tem notícias e espumas letais corpos esgotados, lixos mortais... Sem peixes nem verdes, nada mais!Eu nunca vi o Oredezh nem o Mississipi: Vi o Paraibuna!E em cada vazante, em cada enchente... A água e o planeta pedem ajuda e respeito a toda gente! Talvez... Só uma vez, eu vi... O Ganges e o Yang-tseu-kian... O Reno e o Solimões... O Oredezh e o Mississipi... Foi no Paraibuna! ...E sinto... Ainda é rio!E só... Na correnteza, tão forte como a morte, tem flor tão frágil como a vida. Olhos são meninas correndo, colhendo,oferecendo... Penhor eterno, divino! Tanto quanto o Yang-tseu-kian e o Ganges... E o Reno e o Solimões... E o Oredezh e o Mississipi...  E muito mais o Paraibuna!...




quinta-feira, 19 de abril de 2012

Homenagens 25


Conto do último curumim

 Ao longo da história,ao longo da estrada,
numa taba  já  vazia e já senil,
são séculos, são sonhos depois...
Que descobriram essa terra tão gentil...
 que nos impediram de dizer não,
 e no meio da selva seca, 
vive uns restos de nação!
Sob um céu de grafite, que antes era cor de anil,
 pula o tecnofunk, dança o eletroforró
inda que seja só,
 toma coca-cola, diz:  ies ai du!... e joga até o beisebol,
 e também os malabares, para ganhar uns dólares,
 janta o cheeseburguer,na carrocinha da aldeia,
  se embriaga,com a turma do barril, 
e injeta alegria na veia...
Mas morre de fome, de tifo e de dengue,
 e com a barriga cheia do que não viu,
  um  menino índio de um certo brasil.

Izabel Cristina Dutra - reescrito em JF, 19 de abril de 2012

                   

terça-feira, 27 de março de 2012

Homenagens 24


O CIRCO CHEGOU!!!
E já se mandou... E já partiu!...
E ninguém ouviu o alegre alto-falante,                              
ninguém viu a  picape colorida,
a lona nova em folha e o coitado do elefante,
com as patas cheias de bolhas,
de tanto andar pela cidade,
dando conta da novidade !!                             
Mas também tanto faz...Pais ocupados demais,
meninos presos em palácios de videogame,
não tinham tempo pra rir
    do palhaço Treme-treme...
Menina brincando de ser topmodel,
sem tempo de ver bailar
a delicada Mabel.
O circo chegoooou!!!... E aqui ele ficou!!!
Mães cantando de improviso,
pais jogando malabares,
avós trapezistas, nos ares,
Tios mágicos e sem juízo,
crianças com sede de riso... 
equilibrista engraçado,
apresentador engomado,
pipoqueiro encantado...
E  até... lua-de-mel de Treme-treme e Mabel!...

quarta-feira, 21 de março de 2012

Homenagens 23


Ao Rio Paraibuna(e a todos os Rios)
Eu nunca vi o Reno nem o Solimões: Vi o Paraibuna. Sinto... É rio! So(r)rio: Tem barca, barquinho, barcão... Criança, pescador, canção... /Eu nunca vi o Ganges nem o Yang-tseu-kian: Vi o Paraibuna! Sinto... É rio! Não rio... Na TV, quem vê – ouviu: Tem notícias e espumas letais corpos esgotados, lixos mortais... Sem peixes nem verdes, nada mais!/ Eu nunca vi o Oredezh nem o Mississipi: Vi o Paraibuna! E em cada vazante, em cada enchente... A água e o planeta pedem ajuda e respeito a toda gente! Talvez... /Só uma vez, eu vi... O Ganges e o Yang-tseu-kian... O Reno e o Solimões... O Oredezh e o Mississipi... Foi no Paraibuna! ...E sinto... Ainda é rio! E só... Na correnteza, tão forte como a morte, tem flor tão frágil como a vida. Olhos são meninas correndo,  colhendo, oferecendo... Penhor eterno, divino! Tanto quanto o Yang-tseu-kian e o Ganges... E o Reno e o Solimões... E o Oredezh e o Mississipi... Muito mais o Paraibuna!...