Ao
Rio Paraibuna(e a todos os Rios)
Eu nunca vi o Reno nem o Solimões: Vi o Paraibuna. Sinto... É rio!
So(r)rio: Tem barca, barquinho, barcão... Criança, pescador, canção... /Eu nunca
vi o Ganges nem o Yang-tseu-kian: Vi o Paraibuna! Sinto... É rio! Não rio... Na
TV, quem vê – ouviu: Tem notícias e espumas letais corpos
esgotados, lixos mortais... Sem peixes nem verdes, nada mais!/ Eu nunca vi o
Oredezh nem o Mississipi: Vi o Paraibuna! E em cada vazante, em cada enchente...
A água e o planeta pedem ajuda e respeito a toda gente! Talvez... /Só uma vez,
eu vi... O Ganges e o Yang-tseu-kian... O Reno
e o Solimões... O Oredezh e o Mississipi... Foi no Paraibuna! ...E sinto... Ainda
é rio! E só... Na correnteza, tão forte como a morte, tem flor tão frágil como a
vida. Olhos são meninas correndo, colhendo, oferecendo... Penhor eterno, divino!
Tanto quanto o Yang-tseu-kian e o Ganges... E o Reno e o Solimões... E o
Oredezh e o Mississipi... Muito mais o Paraibuna!...
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