quinta-feira, 30 de junho de 2011

sinais da guerra e da Paz! 7 (ICD)

Aí eu estava no msn e peguei uma conversa sobre paz e guerra. Aí fui e reescrevi este poema:

Kestaum d opção d skolha!

─ Guerra é paia, bros!  nest planet de gent cegueta/ basta 1 falha na conexaum/ 1 brexa no coraçaum/basta 1 só sujeito/ q rejeita perder o $ , o Poder/e + gent vivent, tua e mĭa pod morrer...
─ Véio, aí!... é guerra de todo o jeito/ é  pq na Síria...  +  é pq no Mali.../ guerra de lá para ká e ká ... daki e dali!../ guerra do Hamas e do PCC/ 
─ Si bobear guerra de mĭ e de vc./ guerra por kauza de ceuh e terrah/ por kauza d gueerrra e por kauza d paaaz!!!!!!!!!!!!!!
─ Honeys, Paz é ouro! Infndável tzouro/q juntos podmos juntar: nosso kantar, nosso doer/nosso modo d krer e d viver/ Paz q  juntos podemos obter!
─ Eh... mina! mas só dpois d muito guerrear uma outra guerrah/ vc. pod optar pa skolher entre vver e morreeer/ vc. pod  skolher   pa optar entre mataaar... ou  amaaaar!  
─ Uai...meu! é como skolher entre ser ─ ou ser + ... entre o Ø e a PAZ!....     
Izabel Cristina Dutra- produção original : JF./1998
                                              
                                                                                                
                                       


terça-feira, 28 de junho de 2011

Homenagens 10 (ICD)


Aí, naquela época, eu tomava o ônibus na Usina para o Rio Comprido, no RJ e a gente sempre puxava conversa e fazia uma rodinha para falar dos nossos direitos e ele ria e ria...Outro dia eu vi a margarida varrendo as ruas do centro e ela se ria que nem ele e eu reescrevi:
Poema pro velho trocador


Quando cê ri, matuto (a)...
dá gana de perguntar:
Cê sabe?
Por que cê veio arrastar arados 
mais pesados?
Quando cê ri, maluco (a)...
Cê sabe?
Por que cê veio calejar mais 
nossos dedos catuvelados?
Bem se sabe!...
Os príncipes da terra roubaram 
o nosso “jus naturale”
também os doutores da lei,
também os poetas do amor...
Quando cê ri, malandro (a)...
Por que agora 
reles pau d’água?
Se  outr’oras 
  eras madeira de lei? 
Bem se sabe...
Mal suportamos
o estrangeiramento de seus filhos...
das lendas deles... 
dos meus versos...
dos nossos dias!
Quando cê ri, maroto (a)...
dá gana de perguntar...
Cê sabe?
que nós somos os mais fortes,
a melhor  parte 
destas estranhas enxertias?!


Izabel Cristina Dutra -  produção original:Rj, 1987.


sexta-feira, 24 de junho de 2011

Poemas de amor e de desamor 4 (ICD)

Havia um chefe e ele era mandão,  na empresa e na casa e, aí um dia ele chegou com os olhos inchados e eu escrevi:

O PODER E O AMOR                                                                                  

Ele é enorme de tão grande
quando dá as ordens e pronto,
e aí assina os papéis,
e saí de lá as cinco em ponto!

Ele é enorme de tão grande
quando sai do elevador
e abre a porta da sala
com aquele seu jeito de doutor!

Outra vez, ele fará tremer 
qualquer olhar...
e vai ficar em paz
Mas, hoje um certo olhar
não está...
para nunca mais!

Ele é menos que um pirralho
quando vai se deitar 
e se põe a chorar...
e vai ter que dormir sozinho
          no escuro...

Izabel Cristina Dutra, RJ/1986.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Homenagens 9 (cont.)

  Aí eu estava ouvindo música e a uma doce voz turturinou uma linda canção de amor... era ele e então eu reescrevi:
Poema para um  lindo pássaro chamado Michael Jackson
www.gentem.com.planet:hei! m xam aqle passarin /
aqle q dansava nos rastros dos crioulos e dosmorenos do Cotton Club/
hei me xam aqle passarin/aqle q me cantou/one day in your life/ele tinha tanta certza/
 hei m xam aqle passarin/ q me fez smile forever/ 
pois os srs. de Multmidia/o asteroid /remet 1 sexy-clip/  meio qualqr cor/ meio qualqr ser/
meio qulqr fly/ uns restos sinistros de M.J. /
hei/m xam aqle passarin/ 
mas por favor ñ m abr nem esta gaiola/
 nem o camarim...

Izabel Cristina Dutra. Produção original: JF,1996                                                                                        

sinais da guerra e da Paz! 6 (ICD)

A guerra diária nos assola e quando vemos estamos aguardando o conflito final... foi por isso que reescrevi:
      A grande guerra
Aí... depois...
eh vem uma grande guerra!                 
 Só o medo campeia,
 campeão nos corações:
Ressequida a última semente.
incréus cravam os dentes na carne macia
da emoção, morta nas ruas
na poesia carpideira de medrosos poetas.
Aí... depois...
 lá veio uma grande guerra!
Fiéis cravam a luz dos olhos na carne dura
do pavor, morto nas ruas
na poesia cismarenta de atônitos poetas.
Fantasminhas de E.T.s, mães e meninos
ousam arripiar carreira e olhar pra trás:
E recolher a última, a ressequida, a semente!
é por ela que agora chove...
Refrescantemente chove
E amansa a terra...
Aí... então... depois...
nem vinha uma grande guerra!

                          Izabel Cristina Dutra. produção original: JF/ 2000.

domingo, 19 de junho de 2011

sinais da guerra e da Paz! 5 (ICD)

10 anos depois e lá estavam eles de novo... na terra dos outros... jovens mal saídos da puberdade tendo que defender a a Paz mundial... diziam né... então reescrevi:
sinais da Paz
I
Aviadores atentos e de sorte,
marinheiros do sul e do norte,
mensageiros da morte...
aonde ides?
com vossos migs submarinos,
com vossas naus siderais
e vossas árduas missões de guerra,
e vossas inúteis canções de guerra...
singrando águas e céus de Deus?
elas já estão sangrando!

Não vedes ... nem sabeis?
ides  ao encontro daquela...
ela vos lançará
aonde afundareis
com vossos finitos sonhos....

 Parai e olhai um golfinho,
aonde afundareis
bem magrinho, até feinho...
com vossos finitos sonhos....
dá um infinito mergulho
entre os céus e as águas
e recupera  a Esperança
Parai e olhai uma andorinha,
bem magrinha, até feinha...
traça infinito vôo
entre as águas e os céus
e reapresenta a Liberdade...
Sem elas, jamais chegareis!...
II
Combatentes belos e fortes,
vassalos de todas as cortes,
criados da morte...
aonde ides?
com vossas armas precisas demais,
com vossas expedições universais
e vossas ansiosas orações de guerra,
e efêmeras paixões de guerra...
fincando os pés em céus e terras de Deus?
elas já estão feridas...
Não vedes? Nem sabeis?
ides ao encontro daquela...
ela vos lançará
aonde sucumbireis
com vossos finitos sonhos...

Parai e olhai uma formiguinha
bem magrinha, até feinha...
arrasta infinito fardo
entre os céus e as terras
e reafirma a Paciência
Parai e olhai um menininho
bem magrinho, até feinho...
murmura infinita cantiga
entre as terras e os céus
e revela o Amor.
Sem eles, jamais vencereis!...
III
Viventes de todas as crenças e partes
Adoradores da morte,
Aonde ides? Não vedes? Nem sabeis?
Ides ao encontro daquela...
ela vos lançará
aonde esfriareis com vossos finitos sonhos
e ritos de guerra...

Sim!...
Parai e olhai um Homem,
nem ao menos magro,
nem ao menos feio...
na hora de sorver o cálice,
e da mais amarga solidão,
vence o madeiro, a maldição
e autografa a Fé.
Sem ela , jamais alcançareis a Paz!

 Izabel Cristina Dutra, produção original: 1991.



sábado, 18 de junho de 2011

sinais da guerra e da Paz! 4 (ICD)

Aí estava fazendo frio e me disseram que havia geado na serra... aí eu tinha ouvido falar de chuvas ácidas e furacões em lugares nunca dantes imaginados ... então escrevi:
O pós-guerra

Chove em Teerã...
quando Abud era pequeno,
a chuva era doce e clara...
Venta em Bangladesh...
quando Tarim era pequeno,
o vento era sempre uma brisa...

Mas os Gigantes do Ocidente
mais os Príncipes do Oriente
bem brincaram de míssil
o dia inteiro ...
e a chuva agora era ácida e...
o vento era bravo!

Degelo nos Andes...
Quando Juanito era pequeno,
degelava tão devagarzinho...
Cai geada em JF...
Quando Bebel era pequena,
geava tão de mansinho...

Mas os Gigantes do Ocidente
mais os Príncipes do Oriente
bem brincaram de arma química
o dia inteiro...
e o degelo agora era megarápido ...
e a geada...
(mas agora o que era geada mesmo?...)
Izabel Cristina Dutra,2001

sinais de guerra e da Paz! 3 (ICD)


Aí, era uma outra década.... Aí de repente, a conferência de Paz vira outra guerra. Aí, eu re-escrevi

Réquiem para Bagdá, Teerã, Beirute, Jerusalém
                                      (e adjacências)
 calif@bagda.com.irdoce e eterno love,sera q havera tpo.? d entregar minh’ alma a ti?meu sol  d’orient ?! ... serah q havera tpo.d dar-me ares d moça d cinema, d ocultar m  e veus d sorver dlicias de mooca entre gritos d bazares? SERAAAH?!
odalisc@rio.com.br: doce e eterno love,ñ havera tpo, naum!por + q gire o dial ñ calo lamentos d muezins em hardcore!ñ havera tpo, naum...ñ havera nem veraum! nem  cançaum! por + q eu cliq o mouse,serpntes/passaros  interativosvarrem meu oasis em lasers  rasants! Ñ HAVERAH TPO. NAUM!!
 dervixesunion@planet.comSerá q George e Tony e os outros escudeiros  deste planet nos deixaraum ao - 1 mini-minaret, ond  praticaremos nossa porçao dervixe? ...SERAAH?!
bardos@univrs.com:doces e eternos poetas, assim...ñ havera tpo. naum! d rasgar est chao pleno de entulhos, ardent chaum!... d varar est ceu pleno de meteoros, feerico ceuuh!ñ havera tpo  nem d dar aqle longo beijo q a milesima 1ª ultima noite  já xegou,ardent e feerica noite,eterna e fetida noite!Amados ,assim... ñ havera  tpo naum!nem d mediar ou dletar o conflito,em nossos coraçoes aflitos entre restos d mesquitas,detritos d sinagogas...entulhos d igrejas...e nas homepages d jornais - até os olhos de Jacob se espantam com a viuvez das huris... com a solidão dos anjos... Ñ HAVERA TPO. NAUM! Ñ HAVERA NEM VERAUM!! NEM CANÇAUM !!! ...

                    Izabel Cristina Dutra - produção original: Rio,1992. Reescrito em JF/MG,2011



Homenagens 8 (ICD)

As tragédias vão se repetindo e muitos vão se acostumando mas mais que nunca preciso registrar nossa indignação:  


Aos teus, aos meus, aos nossos...
Ai de ti, Mãe do Haiti …

do teu amor já  trincado, pelo próximo tremor,
só recolho uns restos de  coração palpitando,
lá na minha janela…
Ai de ti, Noiva de Sampa …
dos teus  sonhos brancos soterrados, pelo morro,
só desfio  uns farrapos de véu agarrados,
lá na minha cortina  ...
Ai de ti, Gato da China  ...
dos teus pelos escondidos, pelos escombros,
só vejo a ponta de um rabo cheirando a mofo,
lá no meu tapete ...
Ai de ti, Moço do Sul ...
dos teus lucros verdes arrancados, pelas águas,
só sorvo o vinho amargo misturado ao lodo,
lá na minha panela …
Ai de ti, pedreiro de Barreiro ...
do teu piso liso misturado ao lixo, pela enxurrada
só me espeto  em cacos misturados  ao pranto,
lá na minha sala …
Ai de ti, Cão de Machu Pitchu ...
dos teus uivos ecoando, pelas cordilheiras,
só ouço os ganidos de um cachorrinho,
lá no meu vizinho ...
Ai de ti,Vovó de Friburgo...
dos teus cabelos ensopados ao vento serrano,
só  afago  um fio de prata encaracolado,
lá na minha toalha...
Ai de ti, Mestre do Japão...
de  tuas cerejeiras carregadas  e encantadas,
só arranjo  flores murchas e radioativadas,
lá na minha jarra...
Ai de nós, Mães do Realengo...
de nossas menininhas de cachos definidos,
só desfaço  um laço de cetim e sangue,
aqui no meu penteado...
Ai de mim... 
mesmo que eu tenha doado toda a minha alma,
que vai entulhada nestes caminhões de coisas doadas,
mesmo que eu chore todo o choro que se tem chorado,
não chego a tempo te livrar...
Então tento em meio a toda essa lama,
em meio a todo este sangue,
resgatar um pouco de Fé e Poesia,
e clamar a Deus, para nos guardar
e que possamos eu, tu , eles, nós
– que aqui ficamos – 
devagarzinho nos consolar
e nos fortificar,

para que possamos recomeçar 
e nunca parar de lutar!


Izabel Cristina Dutra -reescrita  em JF/MG,2011. 

Homenagens 7 (ICD)


Este foi feito por ocasião de uma data comemorativa da SPM  do bairro Monte Castelo, onde moro:


Ao nosso bairro
eu, seu, deles, delas, vosso:

O  nosso lugar, nosso zelo e descanso.   
N enhum será como este nosso canto,
T anto na luta árdua como no coletivo sonho
Embora haja semelhantes no  riso  pranto!  
Cada rua, cada casa, cada  família e pessoa
A  lvoroçando nos finzinhos de tarde ,  
Sossegando quando é noite alta,
T ecendo, a cada manhã, o fio da felicidade,
E nfeita o fututo com cores do  presente,                                                                        L embra e festeja o passado
Organizando o melhor de todos
             para toda a gente...



Izabel Cristina Dutra, JF/2010.



Homenagens 5 (ICD)

Esta uma homenagem composta de um trecho de outro poema e um acróstico, em homenagem ...
À nossa cidade

Vou subindo, vou descendo o Calçadão,
vendo coisas, vendo gente....
bate forte o coração...
esta gente que nem feia ou bela...
nem só de jogo nem só de batalha...
nem é só de ontem nem é só de agora :
esta gente é de....


J á veio conhecer ou... morar?
U ma cidade rara porém comum,
 I mpossível  definí-la assim, assim...
 Z  anga-se às vezes e põe-se a clamar...

D epois se acalma, sem se conformar
E vai estudar ou trabalhar!

F az feiras, faz festas, faz farras...
 O ra minutos de luto ora de passeatas.
R ápida e vagarosa, cresce no interior :
A   minha, a nossa província,             
                         a do gari e a do doutor!

Izabel Cristina Dutra, JF/ 2006.



Homenagens 4 (ICD)

Este também compus no ano em que conheci Juca:
A  Nós Dois

Inda não era tempo...
Zeloso e fiel, Deus
Adiantou a primavera:
Belas flores  Já maduras,
Em seu doce  Ultimo despertar,
Lembram-se aCada florescer ...
                 do Amor nosso  se inicia ..
até ouvimos  estrelas... que bom!
pois tudo se fez com...
Izabel Cristina Dutra, JF/2005