sábado, 20 de agosto de 2011

Poemas de Amor e Desamor 7 (ICD)

Aí eu tava lá, na sala, esperando para assistir o jornal da tarde de hoje, e a Mariana anunciou a condenação,  a 15 anos de prisão, do borracheiro que matou a cabeleireira. ─ É pouco, muito pouco! – gritou alguém na vizinhança... Então eu re-escrevi:
NA BOCA DA CIDADE...

Na boca da cidade, o nome dela - um nome já sem dona, frio!... 
Na boca da cidade, o salão dela -  um  salão já sem vida,vazio!... 
Na boca da cidade, o amor dele - um amor já sem riso, em desatino! ... 
Na boca cidade,o ódio dele - um ódio já sem motivo, em desafio!...
No céu da boca da cidade - ecoam os tiros dele, os gritos delas... 
No céu da boca da cidade - sol e lua se esquecem e estrelas estremecem... 
Na boca da cidade, só se proclama -  é pouco, prisão perpétua pra este louco! 
No céu da boca da cidade -   crianças sonham e, um anjo clama: 
Oh! Deus! Porque carecemos ainda destes dramas?

Izabel Cristina Dutra, produção original: Rio,1989. Reescrito em 20/08/2011.

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