Aí... nós estávamos conversando sobre uma estranha troca de uma jovem recémcasada e fui para um cantinho e escrevi:
Da bela e da vela
Ainda há belas que teimam
em deixar-se às janelas,
mostrando as finas veias
e as tranças.
Ainda há belas que teimam
em ir às fontes ou aos mercados,
vender os claros olhos...
Ainda há feras
que compram as princesas,
dos moleiros,
e as levam para os castelos
para sempre...
chorosas e casadas...
Oh! parceiros, escutem
pois o resto é lenda...
Em certa terceira noite...
a bela acende a vela:
que monstruosidade...
ele é um príncipe...
inda é belo e é forte...
Não se lamenta,
nem vai aos mares, nem aos montes
dos ventos uivantes.
Só acorda e se apaixona
pelo anão feio e torto,
que era o bobo da corte!
Izabel Cristina Dutra - produção original: JF/ 1994.
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