Aí... eu estava vendo tevê.... E vi e ouvi... Era 16 de julho e já ia fazer mais um ano que a árvore sobreviveu e seus amores não, naquele acidente de avião! Então eu a vi de novo e outra vez ouvi, porque estavam ainda chorando e estavam lutando. E aí... assim escrevi:
Ao que sobrevive
Aí... estavas lá...
marco do que restou,
naquele céu e naquele chão!
Teus braços fortes e verdes
alegam a força de tuas raízes
e alcançam meu coração!
Aí... permanecestes lá...
testemunha silenciosa do fim,
naquele feérico fim de dia,
em que perderam seus amores...
e só restou você
e essa lenta agonia,
e esses farrapos e essas dores
que dói neles, em ti e em mim
Aí... ainda estás lá...
que tua seiva possa refrescar
esses doloridos corações...
e tuas flores possam estar
plenas das divinas consolações!
Aí... ainda ficarás lá...
para sempre...
e se tiveres espinhos,
que seja para incomodar
e seja para reclamar
pelos que ficaram sozinhos,
mas ainda querem lembrar,
ainda querem lutar
para que ninguém mais
assim pereça...
e a impunidade dos ímpios
não prevaleça!
Izabel Cristina Dutra - JF/ Julho de 2011.
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