sábado, 18 de junho de 2011

Homenagens 3 ( ICD)

Este também começei a escrever quando soube que estava esperando uma menina  e reescrevi  depois:
À Minha Filha

És menina!
como toda mãe pensa
bela!
És mocinha!
como toda mãe diz:
feliz !!
És mulher!
como toda mãe quer:
viva, repleta, completa!!!
Inda  quase nem crescestes,
nem vivestes afinal,
Mas já realizastes o ideal:
– de  amar  e ser
– só  em nascer...
Izabel Cristina  Dutra, Produção original: RJ/1992.




                  




Homenagens 2 (ICD)

Eu morava no Rio quando começei a escrever este poema, que continuei quando minha filha nasceu e terminei na semana do falecimento de minha mãe:


À Minha Mãe ( in memorian)



Mãe,quando te segurei firme

pelos braços brancos daquela mulher do povo,
me olhastes assustada... tonta...
O carro passou bem rente!
Quando te toquei, suave
nos cabelos crespos daquela mulher do povo,
me olhastes estremunhada... tonta...
A vida passou bem rente!
Mãe,quando a gente já ia retomando
o nosso caminho árduo:
tu tinhas os braços crespos,
ela tinha os cabelos brancos,
eu tinha levado um  susto...
E éramos as três, aquela Mãe do povo
não nos dizendo nada...tontas...
Mãe... o nosso olhar moreno
era um discurso, era um poema...
e no curso dos dias, a  estrofe final
sempre me alcança:
Até breve, companheira
Até o dia em que nós,
Mães dos filhos da tez brasileira
Outra vez, nos banharemos
e beberemos bem  fagueiras,
águas limpas e santas
estaremos todas sóbrias,
aMando... aMadas... caalMas!...
Izabel Cristina Dutra, RJ/JF 1991 a 2007.

Homenagens 1 ( ICD)

Eu 2002, eu entreguei a minha vida a Jesus, ao Deus Forte e Vivo:


A  Jesus Cristo

Lá estavas...
mesmo nos meus caminhos tortos
em que  vagava em meio aos mortos,
mesmo no meu fim de festa...
- única possível Luz...
- única possível Voz...
então falei...gritei... clamei!
confessei docemente
em meio ao pranto
Já agora na minha vida,
Eis a única certeza,
Salvação
Um Amor  fiel,
       Santo na terra
     e no  céu...
Do emaranhado de dores,
     ou do espinheiro de amores
me tirastes para ser feliz!
Izabel Cristina Dutra, JF/ 2002.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

sinais da guerra e da Paz! 2 (ICD)

Rosas para Bagdá
( e adjacências)

Cor - de- rosa  atômica
amarelo-laser, verde-faísca,
azul-fumê, explosivas,extintivas...
nascem de sementes de mísseis
brotam na cidade morta e,
desabrocham estranhamente vivas
bem no meu vídeo,
manchando de vermelho
certo dia incolor...
Aí clico o mouse
e vejo o cara,
tão confortável...
em sua megavip residência,
no campo:
─ colhendo rosas, Mr.?
que tal branca, Sir?
para as viúvas de Mohamed
e os órfãos de Jimmy?

Izabel Cristina Dutra,1991

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Poemas de amor e de desamor 3 (ICD)


Aí a gente estava discutindo se "qualquer amor vale a pena" mesmo... Aí eu reescrevi:


Poema pra vc.s:
Faço poema p♪a vc. q já foi meu amo♪...
q até me enganou, mas me libe♪tou
do um vazio pavo♪ de amar e amar♪♪
q m encheu de rsrsrssos, até canta♪♪
e  m ju♪ou amo♪ louco e me most♪ou
q semp♪e pode se daqui ha pouco...
Faço poema p♪a vc. q já foi minha paixão,
q já m abandonou mas m ensinou
q nega♪ esta do♪ não dá ♪rova
nem ♪ock nem samba nem canção...
Faço poema p♪a vc.
e q até m ma♪cou e já foi o meu ódio,
o meu sonho tolo, minha consolação,
mas não du♪ou nem 1 volta de ♪elógio
e já era adeus no b♪ilho dos olhos seus.
Faço poema pra vc. com quem amei
e   desamei e aceitei...
e a♪♪ependi mas aprendi:
o amor acontesssse e passssssa...
mas não é de maldad mas não é a toa...
então faço poema p♪a vc q  hoje é meu amo♪♪
p♪a vc. q veio e ficou  ficando e amando...
e foi ficando... amando ...numa boa...

Izabel Cristina Dutra -  produção origina:l JF/ 1999

Poemas de amor e de desamor 2 (ICD)

     Estávamos numa rodinha de mulheres, falando sobre beleza e sentimentos masculinos expressados, na telinha ou no écran, e foram tantas citações, que acabei indo para um  cantinho e escrevendo:
                                         
Pra Elvis Ricardo
(e outros luigimente belos)
                                 



Meu antony lindo e brad:
tô te achando tão kevin, tão blat...
oscarlando paredes nuas 
de tuas fotos james,
de tuas imagens muriladas,
não só por mim imaginadas...
Tô arrancando palavras vighs 
de teus lábios marcelos,
tonys de tuas dores,
não só por mim doídas...
Tô me queimando nas fagundes
de teus thiagos olhos zulus...
Tô lambendo os restos gheres
de tuas lágrimas tão gianechinis!
Tô rindo de teus gestos tão desengozagos...
Mastroianamente, te amo...
por estas telas wilkers,
bem mayers que os câmeras,
allain de tuas cenas gibsons,
allain dos camarins...
e gorgulho no real prazer de só te ver...
Ai, meu werner amor por ti me desnortoneio,
me amurphynho e borgesmente, te suplicyo:
Dá- me tempo de te guardar..
.senão essas todas.. as outras
vão te mattar e devorar tua luz,
antes que tu me toms 
em meus sonhos caprios...
onde nem precisas nem ser assim
tão cellulari, tão sting...
onde tu és o único com quem lombardo,
com quem me acarmo,
e que tarcisamente me seduz!!!

Izabel Cristina Dutra – JF, 1998.



quarta-feira, 15 de junho de 2011

sinais da guerra e da Paz 1 (ICD)

Aí eu estava vendo TV e vi crianças correndo assustadas  de mãos dadas, em zonas de conflito, tentando se proteger. Então escrevi:


Cabos de Paz!!

Puxe, Didico!
Puxe, Yussuf
Puxem forte pro seu lado,
mininos dos dedos arreganhados!
Tão lhe contando estranhos contos,
tão fazendo de contas...
de nada...
Força,amigos!
Era dez, era cem,
era  mil e uma vez booommm!...
na sua cidadela.
Era dez, era cem,
era mil e uma vez ratátátááá!...
na sua favela!
Puxe, Yussuf!
Puxe, Didico!
Puxem forte pro seu lado,
mininos dos óios arregalados...
que ocês terão um regalo a mais...
e, que ao menos ocês se salvem,
frágeis guardiães da paz!


                                                          Izabel Cristina Dutra, JF, 2000.